20/04/10

Pequenos engenheiros dizem que é importante fomentar o gosto pela ciência viva nos espaços de ensino


Os estudantes da Escola de São Gonçalo de Torres Vedras, vencedores do concurso «Ciência na Escola» em 2009, concorrem este ano ao prémio com um projecto de uma plataforma a energias renováveis para automatizar o movimento das cadeiras de rodas.

Movida a energia solar ou hidrogénio, a plataforma metálica na qual se pode instalar uma cadeira de rodas «irá facilitar a vida aos deficientes motores, ao permitir-lhes que possam movimentar-se mais facilmente», explica Alexandre Carvalho, um dos dez pequenos engenheiros do projecto.

O plano foi concebido a pensar nas mais-valias para os deficientes motores quando necessitam de se deslocar em espaços públicos, como supermercados ou aeroportos.

«Não é preciso ter uma cadeira de rodas motorizada para se deslocarem, basta ter uma normal, colocá-la em cima da plataforma e passa a andar como se fosse motorizada», explica o estudante.

Mas para os pequenos mentores desta plataforma, o mundo da ciência não tem segredos. Os alunos venceram em 2009 o prémio «Ciência na Escola» com o projecto «matemática-mente»,e estão envolvidos na construção de robôs que concorrem ao campeonato mundial de robótica.

O gosto pela ciência viva

Depois de participar junto de engenheiros profissionais na produção da pilha de hidrogénio que alimenta a plataforma e apesar de querer seguir a área de economia, Francisco Torres, 15 anos, afirma que não só gostou da experiência como defende que este saber prático deveria fazer parte das disciplinas curriculares «para motivar os alunos a aprender».

«Estes projectos motivam-nos e podem influenciar o nosso futuro», acrescenta por seu turno Alexandre Carvalho que não rejeita a ideia de vir a ser engenheiro físico.

O prémio «Ciência na Escola», alusivo este ano ao tema «Artes da Física», é lançado pela Fundação Ilídio Pinho em parceria com o Ministério da Educação. In Diário


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