03/11/19

Ação de reflorestação | 23 de novembro de 2019 | 10h | Rebelhos (Sabugal)

O Núcleo Regional da Guarda da Quercus – A.N.C.N. vai realizar no próximo dia 23 de novembro – dia da floresta autóctone – uma ação de reflorestação de mostajeiro em Rebelhos, concelho do Sabugal.

O mostajeiro, de nome científico Sorbus latifolia é uma espécie autóctone, que se encontra localizada principalmente na região da Beira Interior. É uma árvore caduca de tamanho médio que pode crescer entre 10 a 20 metros de altura, mas mais comummente tem um porte de 4 a 10 metros de altura. Em casos excecionais o seu tronco pode atingir os 60 centímetros de diâmetro. Esta árvore é cada vez mais rara e sobrevivem apenas poucos exemplares espalhados pela região.

Os frutos do mostajeiro podem ser comestíveis, tanto crus como cozinhados. Devem ser deixados num local seco e fresco até passarem o ponto de maduros mas sem deixar putrificar. A apanha, preparação e consumo do mostajeiro foi uma prática cultural da Beira Alta – principalmente nas regiões de Trancoso, Guarda e Sabugal – no entanto, tal como a planta, está em vias de se perder para sempre.

Esta espécie é encontrada normalmente em bosques caducifólios, principalmente em carvalhais e perto de linhas-de-água. Tem a capacidade de tolerar quase todo o pH dos solos, tendendo para os mais húmidos e bem drenados. Propaga-se por sementes e precisa de bastante luz. Estas plantas crescem vagarosamente no primeiro ano mas as suas raízes proliferam rapidamente.

A Quercus pretende com a ação de reflorestação do próximo dia 23 de novembro iniciar um pomar de mostajeiros. Em simultâneo será feito um trabalho de Sistema de Informação Geográfico no terreno para marcar as plantas. Os cidadãos poderão contribuir com informação para este SIG fornecendo localização de exemplares de mostajeiros que conheçam e que posteriormente serão confirmados pela equipa Quercus.

No futuro será feita a apanha dos frutos para extração das sementes e sua posterior propagação em viveiro. As plantas produzidas serão depois plantadas juntas em pomar de modo a conseguir a miscigenação genética, que já não é possível de acontecer de modo natural, e deste modo travar a erosão genética e aumentar a biodiversidade da espécie.

Para mais informações e/ou inscrições na atividade através dos contactos habituais do Núcleo.


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